quarta-feira, 21 de junho de 2017

Tempos que correm...

Ontem aconteceu-me algo que já há muito não acontecia, e que infelizmente é o espelho do dia a dia de muita mãe e pai neste nosso Portugal.

Depois de um dia intenso de trabalho, trânsito (sim, trânsito sem aulas - mas estamos à beira das eleições portanto as nossas estradas tornaram-se verdadeiras odes à grua, buraco e capacete, e todos temos de lhes prestar vassalagem), dou por mim às 18h55 parada sem possibilidade de fuga.

E isto é relevante porquê? Porque tinha o V. de 21 meses na creche. Que fecha às 19h.

Cheguei e já era o último. Um bebé ainda.

Deixei-o às 8h30 e apanhei-o às 19h15.

Tinha o coração pequenino, uma dor na alma, uma revolta grande. Ver o meu filho exausto e sozinho fez-me sentir a pior mãe da história. Já não acontecia um episódio destes há muito tempo mas basta uma vez.

Se o meu V. pensou que eu era má Mãe, claro que não. Na cabeça dele possivelmente fui a heroína que apareceu para o levar para o conforto de casa, a felicidade ficou estampada no seu pequeno rosto, contrastando com a falta de ar que senti.

Falhei como Mãe, mas todos os dias luto para dar a volta à realidade que o mundo de trabalho impõe aos pais.

Somos muito mais felizes quando saímos a tempo de passeios e descobertas, como o fim de dia que tivemos na Casa da Guia em Cascais! 


 

Aproveitem sempre que possam. As melhores prendas que podemos dar aos nossos filhos são as boas recordações!


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