sexta-feira, 30 de junho de 2017

Vamos à festa?

Este ano foi o primeiro ano em que os dois irmãos tiveram uma festa conjunta de fim de ano, baba de Mãe a dobrar! E a dobrar também os pedidos de comida a levar - salgados para a turma do L., doce para a turma do V.

Eu confesso-me um pouco fundamentalista em relação à comida dos miúdos, mas numa festa deste tipo não adianta estar a restringir comida. Um dia não são dias, mas da minha parte fiz com que todos os outros pudessem comer algo festivo mas minimamente saudável!

Saiu então um bolo de alfarroba, quatro mini pizzas e umas belas espetadas de tomate, ovo de codorniz e canónigos (sim sim, numa festa de miúdos olharam para mim como se fosse uma alien da nutrição...)



A base de pizzas já foi referida noutro post (ver aqui: http://tresparaasduas.blogspot.pt/2017/06/alguem-esta-com-vontade-de-pizza.html?m=1), e levaram como recheio:

Espinafres e ovo de codorniz
Atum e cebola
Cogumelos e oregãos
Tomate e courgete 

Adorei ouvir comentários (sem saberem que eu tinha sido a autora) a dizer que estavam deliciosas, e de ver pequenos a escolherem as minhas pizzas em vez de muita pizza Hut que lá havia. Há esperança!



O bolo foi mais desafiante. No meio de tanto chocolate, brigadeiro, cheesecake ou tarde de amêndoa, será que o sabor forte a alfarroba com pepitas de cacau poderia convencer alguém? Convenceu, desapareceu...!



Fica aqui a receita do bolo de alfarroba:

2/3 chávena de farinha de alfarroba;
1 chávena de mix de várias farinhas (usei côco, amêndoa e polvilho doce)
1 cc fermento
3 ovos
2/3 chávena de óleo de côco
2/3 chávena de açúcar de côco
1 chávena de iogurte grego natural
Um punhado de pepitas de cacau cru a gosto

Misturar primeiro os secos, depois todos. No fim, misturar as pepitas. Despejar para uma forma untada e levar ao forno 35m a 160º.



As espetadas voaram ainda mais rápido que as pizzas! Ok, só o L. atacou 3...



Foi uma festa muito feliz, muitíssimo musical (pelo que vi, dançámos mais nós pais que os miúdos...! Acho que fizemos daquilo uma matiné!!), com piscina de bolas, um insuflável, bancas várias e balizas. 

O L. desapareceu mal viu a combinação bombástica de amigos + bola + balizas. Valeu-me o pólo rosa para o distinguir ao longe!



Cheguei à conclusão que, para o V., basta uma piscina de bolas e comida. Foi animação garantida.


Aproveitando o tema das festas, e porque muita baba pode dar azo a pouco discernimento, chamo a atenção para a partilha de imagens destes momentos tão felizes.

Muitos pais acabam por mostrar os seus filhos nas redes sociais, cujo direito têm na sua íntegra, mas esquecem-se que em muitas fotos podem estar os filhos de pais que não aprovam e que evitam a exposição dos filhos na internet. Há que ter a privacidade dos demais em conta!

E aproveitar todos estes momentos, que passam rapidamente. Boas festas!



quinta-feira, 29 de junho de 2017

Pão de frigideira.... tão bom!

Algo que cai sempre bem lá em casa (serve para pequeno almoço, almoço, lanche, jantar... conforme o que se recheie!) é o "Pão de frigideira".




Ora vai bem com:
Legumes salteados (no caso do de hoje, foi aproveitamento dos que salteei ontem para o meu jantar e o jantar do bebé, hoje apenas acrescentei canónigos),
Queijo gouda e presunto, 
Queijo de cabra, mel e nozes,
Tomate e queijo,
Cogumelos e espinafres,
Ovos mexidos,
Carne assada e rúcula...

Como podem ver, chama-se ter todo um mundo de possibilidades!

Base:
1 ovo
1 cs farinha de mandioca
1 cs linhaça dourada
1 cs quark
Fio de azeite
Sal qb 

Opcional: espinafres, beterraba, tomate, oregãos...

Eu misturo tudo no copo da varinha mágica (aliás não sobrevivo sem varinha!). Untar uma frigideira anti aderente com óleo de côco, ou azeite, e deixar dourar. Depois rechear e dobrar 😉

Bom apetite!





quarta-feira, 28 de junho de 2017

Baby Led Weaning

Continuando o tema da alimentação, apesar de cá em casa já tudo ter passado a fase de introdução de alimentos (embora eu diria que a introdução de alimentos per se é algo que ocorre de forma frequente ao longo do dia!), não deixa de ser importante falar da passagem da alimentação líquida (mama ou biberão) para a sólida.






A alimentação preferencial de um bebé é, e sempre será, o leite materno da Mãe - e sou apologista que o bebé deva ser amamentado o máximo de tempo possível, desde que existam condições para tal e o bebé assim o queira. Caso não seja possível (eu que o diga), felizmente a Ciência já nos trouxe leites de formula que satisfazem o apetite e necessidades dos nossos pequenos (cá em casa, todos foram alimentados com NAN 1 Confort).


Tendencialmente, os pediatras recomendam a introdução da alimentação complementar por volta do 6º mês. Sou da opinião que tem de existir uma forte confiança no pediatra que segue os nossos filhos, e que deveremos seguir sempre as recomendações dos especialistas. Eu sou sempre bem mandada (mas informada!)


Quando o bebé inicia a alimentação complementar existem duas opções: preparar as papas e sopas seguindo as indicações pediátricas de ordem de introdução de alimentos, ou experimentar o baby led weaning (“desmame conduzido pelo bebé”) que é cada vez mais popular.
 
O que é o Baby led weaning? Inventam cada palavrão.... Invarialvelmente faz-me lembrar um bebé a comer uma lâmpada LED, mas isto será deformação profissional.
 
Adiante.
 
O baby led weaning, é um método que se tornou muito popular através do livro que leva o mesmo nome “Baby-led-Weaning“ de Gill Rapley e aparece como uma alternativa ao que estamos habituados (ou estávamos). O que propõe é prescindir da etapa das papas, sopas e da tabela de composição de alimentos e, em vez disso, começar a oferecer ao bebé pequenos pedaços de alimentos para que meta na boca e aprenda a comer sozinho. Esta prática é recomendada a partir dos seis meses, idade em que a OMS (Organização Mundial de Saúde) recomenda começar a alternar a amamentação com a introdução de alimentos sólidos. Baseia-se na teoria que comer tudo passado é anti natural e que não permite a adaptação a diferentes texturas e sabores, já que vão todos misturados.


Tem várias vantagens:
 
  • Desenvolvimento da motricidade e dos sentidos, pelo toque e pela prórpia brincadeira que pode envolver.
  • A família pode estar a jantar, ao mesmo tempo que o bebé vai explorando e comendo ao seu ritmo.
  • O bebé aprende a comer naturalmente.
  • Possibilita infinitas sessões de riso e magníficas fotografias de caos em tempo real!

Assim de repente parece fantástico, mas tem também algumas desvantagens:
 
  • Deve ter-se atenção para que o bebé não se engasgue (evitar praticar BLW perto de sogras, avós, bisavós ou tias avós, pode dar azo a sermões infindáveis sobre como tratar um bebé, considerar uma majoração de 99% de sermões para as Mães de primeira viagem)
  • A sujidade. A capacidade de criar um verdaeiro campo de batalha num raio de 2 metros do bebé é real, não se iludam. Se existirem paredes nas proximidades, preparar a esponja. Esqueçam a ideia de revestir tudo de antemão (poderia ser a desvantagem número 3), eles conseguem sempre atirar para o único milímetro que esteja a descoberto.
  • Não é recomendado para bebés que tenham intolerâncias ou alergias alimentares e os alimentos devem ser sempre dados em pouca quantidade e um de cada vez - precisamente para dissipar esta questão.
  • Bebés cabeludos = comida enfiada até por trás da orelha. Recomenda-se banho (depois de comer?! Cruzes credo)


Cá em casa seguiu-se o chamado mix. Papas e sopas caseiras (sempre) intercaladas com experiências com BLW. Felizmente nunca tive problemas com nenhum dos 3, sempre comeram bem.


Contudo, antes de iniciarem BLW ou se tiverem dúvidas sobre alimentação, devem falar SEMPRE com o pediatra. Muitos não falam em BLW logo à partida, mas a iniciativa de falar sobre estes e outros temas pode e deve partir sempre dos papás.


Boas limpezas!!



O L. era mínimo!!

terça-feira, 27 de junho de 2017

Fresquinho, fresquinho!

Adoro cores, as mais variadas possíveis (acho que já deu para reparar!). Então se as cores forem aplicadas a comida... ainda melhor!

Tenho a teoria que os olhos também comem e um prato rico em cores e texturas não só alegra o dia, como a visão e o estômago (e lá em casa este último é o que têm de ficar mais satisfeito, não há um que não goste de comer muito e, sobretudo, bem!)

 
A minha prole concorda e aqui a Mãe adora quando ouve "Mãe! Está delicioso!!!"

Donuts de maçã são sempre apreciados, podem ser recheados não só com iogurte como com panqueca ou granola, para dar uma textura crocante. 

Frutos vermelhos são indispensáveis nesta casa!

 


segunda-feira, 26 de junho de 2017

À hora de deitar

Hoje o post vem tardio, mas de propósito!

Por aqui temos uma certa rotina na hora de ir dormir, que envolve arrumar a casa - sim sim, eu escravizo os pequenos, desde arrumar os brinquedos com que estiveram a brincar, até colocar a roupa suja do dia no respectivo cesto para lavar. 

Mãe tirana. As Mães são seres hediondos que forçam as crianças a trabalhos infindáveis para os quais não estão preparados (e sim, a adolescente da casa claramente fita-me com farpas a sair dos seus grandes olhos castanhos, por baixo da nova franja, enquanto jura a si mesma que, quando for Mãe, jamais irá submeter os seus filhos a tamanha vilania - mas, pensando bem, já não teremos tido todos esta fase?)

Os mais pequenos não reclamam! Tarefas e rotinas soam a brincadeira, embora o V. - que leva sempre tudo ao extremo no auge dos seus 21 meses - demonstre já uma certa obsessão com a faxina da casa, sobretudo a que envolve um balde, uma esfregona, uma pá e uma vassoura. Por vezes tudo ao mesmo tempo. 

Segue-se lavagem de dentes, durante a qual inevitavelmente o L. e a C. acabam por entrar em disputa sobre quem fica à frente do espelho, o pequeno foge com a pasta de dentes, muda-se fralda, a adolescente foge rapidamente para o interior do seu espaço sagrado - o quarto), apanha-se o bebé que já fugiu para a sala, o L. vai pela enésima vez fazer xixi, apanha-se mais uma vez o bebé, desta feita já de esfregona na mão (o chão agradece) e - por fim - um no berço e outro na cama - está na hora da história!

Todos os dias sento-me entre as camas e lemos uma história (ou duas quando são mais rápidas).

Gosto que adormeçam com a imaginação a fervilhar, com pensamentos bons, com o sossego de um conto... Sob o olhar atento de um tigre (chamado Tó Vicente), um elefante (chamado Artur) e um urso (chamado Gerardo) - figuras a apresentar noutro post!

 

E vitória vitória acabou-se a história... com pózinhos de pirilimpimpim a nossa história chegou ao fim!

Grinalda de luzes

Tigre (mas Tó Vicente só há um!)




domingo, 25 de junho de 2017

Panqueca panqueca.. doce panqueca!

Mau tempo? Tudo doente?

Nada como umas belas panquecas para animar o dia cinzento!

Numa de invenção, decidi que hoje seria o dia de brincar com as cores, texturas e sabores para contrastar com as nuvens negras que tapam o céu azul.

Poético?! Nada disso, delicioso!

Panquecas de banana, batata doce, framboesa e espinafres. Ficaram coloridas e saborosas!

 

Base banana
Uma banana (grande)
Dois ovos
Duas cs aveia (se glúten)

Misturar tudo e untar frigideira com óleo de côco. Deu para 4 (atenção que a minha frigideira é pequena)

Base batata doce
Tres batatas doces médias, polpa laranja
2 ovos
2 cs aveia (fiz sem aveia mas não gostei da textura)

Igual à de banana.

Base framboesas 
Uma embalagem de framboesas
3 cs aveia sem glúten
1 colher sopa de farinha de amêndoa 
1 ovo
1 cs iogurte grego natural (balde do LIDL)
Duas cs óleo de côco derretido

Mesmo procedimento acima.

Base espinafres 
Uma mão cheia de espinafres
3 cs polvilho azedo
1 cs aveia sem glúten
1,5 cs queijo quark
Duas cs óleo de côco derretido

Idem aspas.

Depois é só decorar a gosto!

 

sábado, 24 de junho de 2017

A saga do termómetro

Mãe que é Mãe não adoece.

Ou melhor, vamos clarificar - Mãe adoece mas Mãe não pode aparentar doença. Porquê? Porque se uma Mãe se queixa e fica abatida, a probabilidade de acontecer um qualquer cataclismo mundial aumenta exponencialmente.

Ora vejamos um cenário:

Mãe doente. A quem recorrem às crianças? À Mãe. 

"A Mãe está a descansar porque tem febre, já lá vou".

Seguem-se frases recorrentes como:

"Ó Maaaaeeee, o que há para comer?" (Será possível que ninguém abre frigoríficos ou despensas...)
"Ó Maaaaeeee, posso ver TV?" (Não existe mais ninguém a quem perguntar?)
"Ó Maaaaeeee, o V. está-me a bater!" (Será mesmo que me vou levantar com 39º para mediar isto?)
"Mãe, posso fazer uma videochamada com a M.?" (Qual é a minha interferencia?)
"Ó Maaaaeeee, onde está o queijo?" (A sério? Qual será a probabilidade de estar na wc por exemplo?!")
"Ó Maaaaeee, fiz cocó!" (Frase código para "limpa-me o rabo por favor")
"Mãe! O V. está a mexer nos copos de cristal!" (E eu serei a única capaz de o parar....)
"Maaaae nois" (tradutor - mãe, dá-me uma noz rápido antes que solte a minha fúria, provavelmente descarregando no meu irmão do meio que vai berrar que eu lhe estou a bater e que terá como consequência a minha irmã mais velha berrar connosco porque estamos a perturbar a videochamada - cenário apocalíptico).

Mãe que é Mãe, permite-se umas escassas horas (que luxo!) de doença, auto pena e mentalização que não se pode estar doente.

Claro que os homens não são assim. Ficam à beira da morte. Mas já desde novos. Equivale mais ou menos a três crianças doentes ao mesmo tempo. 

Portanto ao mesmo tempo que estou a manter-me de pé (sinónimo de ir levar o mais novo à creche, ir trabalhar, ir ao supermercado, etc etc), o mais velho e o L. ficam com febre, um com amigdalite, o outro com virose. Ou seja, incapacitados. Literalmente. Horizontalmente.

A C. com pontos brancos na garganta, amigdalite, mas como é mulher, tem maior resistência.

E o que faz a Mãe? Trata de todos como pode e não pode, SOS apocalipse é o nome do meio (meu e de todas as Mães!)!!! 

E toca a anotar os horários dos medicamentos de todos e rezar que o PDI não ataque e não os baralhe é que o mundo volte a ser equilibrado, ameno, e que todos os homens da casa voltem a andar na vertical!

 



sexta-feira, 23 de junho de 2017

Alguém está com vontade de pizza?

Já se percebeu que lá em casa armo-me em Chef, confesso que adoro cozinhar!

Muitas vezes faltam ideias para comidas, mas há uma que nunca falha e é do agrado de todos (o mais novo também é fã embora não possa servir de exemplo porque come de tudo - o que é bom claro!)

Falo do quê? Pizza obviamente!!

Mas nada de pizzas encomendadas, embaladas ou congeladas. Pizza feita na hora, com ingredientes frescos e saudáveis, aptos para comer, repetir, lambuzar e aproveitar para variar! 

E porque não enviar para o almoço dos mais pequenos como uma surpresa ou fazer várias variedades para um jantar com amigos?



 

Aqui fica a receita:

Base:
3 ovos
3 cs polvilho azedo
1 cs farinha mandioca
1,5 cs queijo quark (ou grego)
1 pitada de sal
1 fio azeite

Bater tudo no copo da varinha mágica, colocar a mistura numa frigideira anti aderente (untada com pouco óleo de côco), deixar cozinhar de um lado e virar do outro (como se fosse panqueca). 

Pré aquecer o forno a 160º e quando a base estiver feita transferir para o forno sobre papel vegetal.

Molho tomate:
Quatro tomates maduros
Um fio de azeite
Uma cebola roxa cortada aos pedaços
Um alho cortado
Um punhado de pinhões 

Refogar cebola e alho em azeite, misturar os tomates. Quando cozinhados, passar para o copo da varinha mágica e passar tudo com os pinhões, colocar sal e pimenta a gosto e passar novamente.

Pode-se congelar este molho em porções (esta receita dá para a base de três pizzas) e descongelado para outras receitas!
Retirar a base da pizza e barrar com o molho. A partir daqui será a gosto! 

A pizza acima levou:

Queijo da ilha ralado;
Meia cebola roxa cortada em meias luas;
Tomate coração de boi às rodelas
Espinafres
Uma lata de atum (posta ao natural sempre)
Um ovo 

Com a ajuda das crianças ainda mais divertido se torna!

Experimentem!

quinta-feira, 22 de junho de 2017

Para as futuras e recém mamãs


A barriga de grávida é algo lindíssimo, não é? Mas e depois do parto?

 

Anteontem, enquanto deambulava pelas redes sociais, deparei-me com uma questão de uma recém mamã que estava a ter imensa dificuldade a perder a barriguinha.

Imediatamente vinha uma chuva de conselhos para fazer abdominais, exercício intenso e séries de 50.000 repetições (confesso que fiquei cansada só de ler!).

Pode estar tudo certo, mas antes de iniciar qualquer tipo de exercício abdominal, convém verificar se está tudo no sítio! Muitas vezes, o T0 que criamos para os nossos filhos, tem como consequência uma condição chamada separação abdominal ou diástase abdominal.

E o que é este palavrão?

A diástase abdominal acontece quando o lado direito e o lado esquerdo dos músculos abdominais afastam-se no meio durante a gravidez. Isto acontece devido à pressão que o útero faz contra a parede abdominal em conjunção com as hormonas libertadas na gravidez, que amolecem os tecidos. Não é bonito e nenhuma de nós quer ter a largura do rio Tejo na barriga.

Só devemos verificar e existência ou não deste Vale de Depressão uns 2 a 3 meses após o parto. Regra geral, volta tudo ao normal sozinho, mas se virem que têm uma separação de dois dedos ou mais, evitem os abdominais convencionais porque só vão estar a aumentar o buraco!

 

O vídeo abaixo ensina a ver esta separação. Basicamente a ideia será deitar (mas não para dormir, embora eu perceba a ânsia de dormir em qualquer canto para quem acabou de ser mamã), levantar o tronco um bocadinho do chão como se fossem fazer um abdominal como manda a regra, e com os dedos verificar a separação. 



Posto isto, o que fazer em caso de separação? Além de deverem dirigir-se ao obstetra (muitos não falam deste tema aquando da gravidez), devem por em pratica a chamada ginástica hipopressiva (viva o encolher de barriga que pode ser feito a amamentar, enquanto se muda uma fralda, naqueles 30 segundos aos quais temos direito no banho, enquanto estão deitadas... - se conseguirem esse feito!)

A ideia é deitar todo o ar fora (tapando o nariz) e depois de nos sentirmos “vazias”, e o diafragma ter subido... então encolhemos vigorosamente a barriga. 

 

Existem algumas posições que ajudam a fazer este tipo de ginástica, como por exemplo:

 

Se ainda estão grávidas, ponderem a inscrição num centro pre e pós parto, onde este tema é frequentemente debatido!

Se já tiveram o vosso rebento, porque não levá-lo com vocês a umas aulinhas? 

Se de todo não tiverem possibilidades (financeiras, tempo, etc), vão experimentando em casa.

Comigo resultou (e sem grande afinco e depois de uma separação de 4/5 dedos)!







quarta-feira, 21 de junho de 2017

Tempos que correm...

Ontem aconteceu-me algo que já há muito não acontecia, e que infelizmente é o espelho do dia a dia de muita mãe e pai neste nosso Portugal.

Depois de um dia intenso de trabalho, trânsito (sim, trânsito sem aulas - mas estamos à beira das eleições portanto as nossas estradas tornaram-se verdadeiras odes à grua, buraco e capacete, e todos temos de lhes prestar vassalagem), dou por mim às 18h55 parada sem possibilidade de fuga.

E isto é relevante porquê? Porque tinha o V. de 21 meses na creche. Que fecha às 19h.

Cheguei e já era o último. Um bebé ainda.

Deixei-o às 8h30 e apanhei-o às 19h15.

Tinha o coração pequenino, uma dor na alma, uma revolta grande. Ver o meu filho exausto e sozinho fez-me sentir a pior mãe da história. Já não acontecia um episódio destes há muito tempo mas basta uma vez.

Se o meu V. pensou que eu era má Mãe, claro que não. Na cabeça dele possivelmente fui a heroína que apareceu para o levar para o conforto de casa, a felicidade ficou estampada no seu pequeno rosto, contrastando com a falta de ar que senti.

Falhei como Mãe, mas todos os dias luto para dar a volta à realidade que o mundo de trabalho impõe aos pais.

Somos muito mais felizes quando saímos a tempo de passeios e descobertas, como o fim de dia que tivemos na Casa da Guia em Cascais! 


 

Aproveitem sempre que possam. As melhores prendas que podemos dar aos nossos filhos são as boas recordações!


terça-feira, 20 de junho de 2017

Olhó gelado fresquinho!!



Hoje venho dar uma dica para aproveitar a fruta que está a passar (e com este calor é frequente), matar a gula dos nossos pequenos (e lá em casa do grande) e aproveitar para poupar um dinheirinho!

Gelados caseiros, dos mais variados sabores!

Congelar duas bananas (será sempre a base)
Congelar fruta a gosto (uma embalagem de morangos ou de frutos vermelhos ou duas mangas ou duas maçãs e uma pêra, etc...)

Eu aproveito - sempre que vejo a fruta a ficar passada - para colocá-la em saquinhos de congelação e guardar para ocasiões especiais!





















Para fazer o gelado, a forma mais fácil será:
  • Descongelar durante uns 10 minutos a fruta;
  • Uma colher de sopa de iogurte grego natural;
  • Um fio de mel (para os mais gulosos)
  • Colocar tudo na liquidificadora e passar!
Caso fique um pouco líquido, levar ao congelador mais dez minutos antes de servir.

Podem ser complementados com raspas de chocolate negro (acima 74% cacau); côco ralado; amêndoa laminada; bolo ou fruta... deliciosos!
Aqui fica o exemplo de gelado de frutos vermelhos acompanhado de bolo de amêndoa e gelado com raspas de côco e chocolate negro, a acompanhar uma panqueca.
Espero que gostem!







segunda-feira, 19 de junho de 2017

Pia do Urso

Hoje acordei com a sensação do chamado "empty nest".

Habitualmente as minhas manhãs envolvem um cardápio personalizado de pequeno-almoço, uns quantos alertas das horas para a mais velha, arranjar o mais novo, tratar do do meio...

Mas hoje só tenho um! A C. e o L. foram para o Algarve com a Avó (sortudos!) e ficou cá apenas o caçula da família. Portanto dou por mim a fazer tudo com calma (e convenhamos meia perdida!)

Aproveito para recomendar uma ida com os mais pequenos ao Ecoparque Sensorial da Pia do Urso.

Cheia de casinhas em pedra (sou fã!), com restaurante e cafés, dois parques para merendas (porque não fazer um picnic?) e um percurso delicioso que ensina formas, música, um pouco sobre a batalha de Aljubarrota, respeito pela Natureza, práticas sustentáveis... Faz-se numa horinha no máximo, por isso até pode ser combinado com uma visita à lindíssima Batalha.

Espreitem que vale mesmo a pena!




https://www.tripadvisor.pt/Attraction_Review-g189152-d4873280-Reviews-EcoParque_Sensorial_da_Pia_do_Urso-Batalha_Leiria_District_Central_Portugal.html



domingo, 18 de junho de 2017

Sem Palavras




Uma imagem vale mais que mil palavras. 

Uma tragédia.

Uma natureza imparável.

Um desfecho impressionante.

Nada que se possa dizer ou fazer vai fazer o tempo voltar atrás.

Resta-nos ajudar quem pode ser definitivo a travar o inferno.

Por favor ajudem as corporações de bombeiros da vossa localidade, com comida e bebida. Muitas vezes uma ida só para agradecer o esforço imenso que fazem por todos. Aqui em casa temos ido entregar mantimentos todos os anos, em família. 

A CGD também disponibiliza uma conta solidária:


Somos muito mais do que as (dantescas) surpresas que a vida nos traz. 

A nossa alma, coração e pensamento estão com todos os que estão a sofrer com o inferno que passou em Pedrógão e com todos os bombeiros que enfrentam as chamas, com o que têm e não têm.

Obrigada. Muito obrigada.

Alvorada! (Ou a odisseia da ida à praia)

Enquanto tomava o pequeno almoço sozinha (hoje mais cedo que ontem), recordei os tempos de ida à praia sem filhos. Que sossego!

Mil posts existem sobre este tema porque realmente será dos pontos da vida que mais muda assim que nos tornamos pais. Vejamos:


Sem filhos
1. Acordar a uma hora que já nem me lembro bem qual era

2. Comer qualquer coisa

3. Tomar banho com música aos berros

4. Vestir e sair em milagrosos vá, 10 segundos, sim porque será só fazer a minha cama, o resto está sempre imaculado

5. Antes de ir para o carro, tomar café na pastelaria da frente e ficar a conversar sobre o belo dia de praia que se adivinha

6. Chegar à praia e das duas uma, ou devorar aquele livro novo ou ficar na treta com amigos, com possibilidade de 1 hora dentro de água ou uma hora estendida na toalha

7. Comer quando quiser

8. Sair da praia quando quiser

9. Chegar a casa, tomar banho e estar pronta para aquele café ou jantar tardio ou esticar me a ver séries (sim a praia cansa)

10. Adormecer no sofá, na cama, algures e dormir toda a santa noite




Mesmos pontos com filhos
1. É melhor acordar estilo vá, 7 horas. Estender a roupa, tirar a loiça da máquina, adiantar pequenos almoços, buscar a saca de praia que felizmente já ficou feita de ontem, talvez adiantar a sopa para os entreter enquanto faço o almoço, cortar melancia, fazer 8 panquecas (se não estiverem de véspera), encher garrafas de água fresca

2. Com sorte, se nenhum acordar entretanto, comer

3. Banho só depois de todos tratados, entre cheiro nas mãos a cebola, transpirar infinitamente com tudo, mais vale fazer um rabo de cavalo e partir para a batalha

4. Ouve-se um choro. É o mais novo. Ok já o vou buscar de biberão na mão. Enfia-se o mais novo na cama com o Pai (serve para acordar o Pai). Abre-se a janela ao do meio, que acorda estilo zombie directo ao duche (o rapaz não sobrevive sem duche matinal). Bate-se à porta da adolescente (a primeira vez). Cozinha comigo e preparo (se tiver sorte de escapar a pedidos especiais) iogurte com granola e fruta para o do meio, um prato com nozes para o mas novo depenicar depois do biberão, sigo a apressar o L. que está adormecido debaixo do chuveiro, vou por em cima da cama calções de banho e tshirts para os rapazes e mudas mais fralda na saca. Chamo a mais velha pela segunda vez. Aturo as 500 reclamações do L. em como hoje queria mesmo ovos e não iogurte. E não era bem aquela tshirt. E ó mãe gostas deste penteado? Aparece-me o mais novo de biberão na mão, sinal de hora de mudar fralda e vestir e colocar na cadeirinha de comer. Chamo a mais velha pela terceira vez. Abro os estores do quarto a ver se o Pai percebe a dica (de mau humor é pior que os três juntos). Chamo a mais velha pela quarta vez. Desisto e mando lá o soldado, o L. tem um modo especial de atormentar os neuronios da irmã. Mais velha no duche, preparo-lhe uns ovos rápidos e deixo na mesa. Será desta que tomo banho? Nops. Cocó na fralda. Bem, melhor antes do banho que depois. Antes de conseguir colocar-me no duche, já fiz de mediadora para pelo menos três discussões entre os mais velhos, já salvei o mais novo de quatro desastres e já bufei 50 vezes. Duche. Vestir, ok, o Pai vai tomar banho e depois põe o creme aos rapazes enquanto eu faço camas. Tudo pronto? Não, falta levar o lixo. Verificar chapéus, comida, roupa, check check check. É desta!!!

5. Café? Viva a nespresso em casa.

6. Chegar à praia. Mochila de baldes e afins num lado, saca do outro. Uma criança, duas crianças, três crianças, um pai - está tudo. E agora? Agora é uma tarefa herculiana: encontrar um lugar na praia ao fim de semana com 34 graus às 9h em que caibam 5 pessoas. Estender toalhas sem fé de ficarem limpas sem areia e adoptar a posição cão de guarda, construtora civil de baldes ou nadadora salvadora à beira da água. O que ficar bronzeado ficou.

7. 11h30. Chega de sol. Mudar calções de banho, pôr fralda, pegar em tudo novamente, limpar pés, calçar, está um calor que não se aguenta, ouvir repetidas vezes ó Mãe o que é o almoço, ó Mãe tenho fome, ó Mãe etc. Deixar a mochila com baldes no carro, assim como o guarda sol. Chegar a casa e começar no almoço enquanto o pai dá os banhos e toma ele próprio banho. Estender as toalhas e fatos de banho de praia (para arrumar mais tarde directos na saca) Obrigar a mais velha a pôr a mesa com a ajuda do do meio. Quem sabe aspirar a areia quem caiu pela casa (e cá em casa só se anda descalço). Tomar banho em 2 minutos (o cabelo que seque ao ar). Almoçar, arrumar a loiça e a mesa. Cocó na fralda. Mudar fralda. Pôr o V. a fazer a sesta. Aceder ao pedido de levar a mais velha ao cinema com a amiga. Hora do lanche, preparar lanches. Levar ao parque ou a passear (se o calor o permitir, se não existe sempre o Uno, quatro em linha, futebol e reclamações da adolescente para ouvir).

8. Qual praia?

9. Jantar às 19h30. Jantar esse que já teve de ser preparado. Possivelmente máquina da loiça (outra) levada e tirada. Tirar a roupa do estendal enquanto faço o jantar. Ir arrumando as 59 coisas no chão e mediando mais umas quantas zangas de irmãos. Comer, arrumar comida. Ter a certeza que o bebé tem comida para a escola (e a mais velha também quando tem escola). Arrumar a cozinha, brincar muito. Se não for dia de escola no dia a seguir então ainda dar um passeio da pé, se for então mandar tudo lavar dentes, xixi e cama. Ler uma história aos rapazes. Programar máquinas de roupa e loiça. Desligar tudo e por tudo no sítio. Pôr comida a descongelar para o jantar ou almoço seguinte. Ir aconchegar os rapazes mais umas 5 vezes.

10. Chegar à cama e cair para o lado.


Viva a praia!!! (Mas não trocava, só um dia de quando em vez)



sábado, 17 de junho de 2017

A caminho da praia... (post já pós praia!)

Ir para a praia com um bebé, uma criança é uma adolescente pode ser um desafio. Ir a horas em que o sol faz menos mal implica acordar cedo e despachar tudo quase contra relógio!

Tudo se dificulta quando se ouve, "Mãe, podias fazer tostas por favor?" - impossível não cumprir com o pedido.

Até aqui, entre a mala de praia já pronta e fatos de banho em cima das respectivas camas, penso ok, isto é canja.

"Mãe, quero de espinafres com queijo e tomate"
"Mãe, quero com queijo, mel e nozes"
(Bebé não fala, haja algum que me safa!)
"Podes fazer a minha com queijo, tomate e presunto?" - vamos complicar e fazer a massa com cenoura, assim como assim.... 

Bem para mim mais vale fazer simples com queijo, assim ganho 30 segundos!

Tenho uma família muitíssimo mal habituada, mas se há coisa que adoro é poder demonstrar todo o meu amor na comida que lhes ponho no prato! Saudável, natural, caseira (dentro que é viver na cidade).

Querem experimentar?

Para uma tosta:
1 ovo (biológico ou de galinhas criadas ao ar livre, sempre!)
1 cs polvilho azedo
2 cs aveia
1 cs queijo quark ou iogurte grego natural (ambos LIDL)
1 fio azeite
1 pitada de sal

Misturar tudo com varinha e levar directo à tostadeira! Rechear a gosto passados uns 3 minutos, dobrar a massa sobre o recheio e deixar mais uns 3. 

Está feito!

(E chegou-se à praia às 10h.... mas sem fome!)






Gostaram da receita? Aventurem-se!

sexta-feira, 16 de junho de 2017

O começo (com 14 anos de atraso)

Como tudo tem um início, vou-me aventurar neste mundo de blogger...!

Muitos diriam, "não tens já trabalho que chegue?" ou "isso é para quem não faz nada" ou ainda "para maluca falta-te pouco"... 

Mas como Mãe de três, tenho uma lista infindável de comentários exteriores (sem ter pedido opinião) e já estou fortíssima na arte de ouvir, sorrir, acenar e mudar o tema.

E siga...!