quinta-feira, 27 de julho de 2017

As traquinices dos (quase) dois anos

Hoje andei de volta na cozinha, a experimentar algo que seja estilo pão sem ser, mas que funcione em modo torrada.

Saiu-me isto, uma espécie de english muffin



Claro que eu não podia ficar sem ovos... e cobri o meu english com espinafres crus, bacon e ovo estrelado. 

Não sou de usar microondas para cozinhar, mas acho que ter uma receita deste tipo para variar não faz mal a ninguém. 

Ora aqui vai!

Ingredientes:

1 ovo
1/2 cs fermento
1/2 cs farinha de côco
3 cs farinha de amêndoa 
3/4 cs óleo de côco (NOTA: experimentei com manteiga. Não gostei, ficou um pouco salgado demais. Creio que com ghee funciona também, mas não tive tempo de experimentar).

Aquecer óleo (para derreter, ou, caso já esteja derretido, para aquecer um pouco) já no recipiente que vão usar. Usei um tupperware redondo de vidro.

Juntar os restantes ingredientes e mexer bem. 



Deixar assentar um minutinho e depois colocar 90 segundos no microondas. 

Retirar e deixar arrefecer mais um minuto, depois retirar. Fica mais ou menos assim:



Cortar ao meio com a faca do pão e colocar na torradeira! (Há quanto tempo não usava a torradeira!!!)

Retirar e barrar com manteiga, compota, queijo, ou com o que quiserem. Esfarela fácil mas aguenta perfeitamente a forma. 



Para o L., foi mesmo com compota.



Ainda vou experimentar fazer umas variações a esta receita, se saírem bem venho cá comunicar!

E adiante...

Isto de ter filhos tem de facto muito que se lhe diga...

Ora temos uma adolescente que quer sair à noite, ora temos um de 5 anos que teve um incidente noturno (vulgo, xixi na cama), ora temos um de dois anos que surrupia bolachas aos colegas e entrega tupperwares vazios às educadoras. Vá lá, pelo menos entrega-os, o que leva a uma certa confissão do acto = gosto de consolar-me com esta ideia. 

A disparidade de situações é tanta, que por vezes considero que temos de ter um cérebro equivalente à capacidade do camaleão de se adaptar aos diferentes ambientes! 



Difícil difícil, é assistir a traquinices que conseguem ser hilariantes, a manter aquela cara de poker de quem não vai expressar qualquer tipo de emoção. 

Exemplo:

Mãe a cozinhar.
V. a apanhar uma maçã do mercado.
Vai directo à janela aberta, atira a maçã com a precisão do Michael Jordan (do primeiro andar).
Vem-se embora esfregando as mãos e dizendo, "já está".
Leve e fresco, passa por mim e segue a sua vida para a sala. 
E fico eu, atónita, a mexer um refogado, sem saber se deverei dirigir-me à janela e verificar se alguém levou com a maçã estilo Einstein, se existem feridos e aleijados, se vou atrás dele para lhe explicar que isso não se faz ou se simplesmente continuo a mexer e convenço-me que não vi, não ouvi e não mais falarei. 

Fiquei-me nesta última.

Sim, muitas vezes vai acontecer a não intervenção. Não por falta de paciência, sim porque de facto, crianças serão sempre crianças, e por muito que queiramos, não conseguimos estar em toda a parte.

Ganhou o refogado e ficou a ganhar o cão que terá passado no passeio e comido a maçã da discórdia.

Já Adão e Eva tinham uma quezília com a maçã. Quem sabe se tivessem ficado pelo refogado, a história do mundo não tivesse sido diferente?




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