No meu caso, tenho três, mas em vez de seguir a lógica normal do que se sente e faz ao primeiro, segundo e terceiro filho, vou comentar algumas exeriências de ser Mãe aos 20, aos 30 e aos 33.
1ª filha (C.): Oh não. Oh não. Oh não. Isto não pode estar positivo. Ai. Gravidez? OK, vai ser simples. Não passa nada. Óleo para as estrias? Para quê se nem se estão a ver? Peso? Whaaaat? Isto desaparece. 31kg? Não custa nada! Médico? Um qualquer, vai ter de sair e vai.... e vamos para um Hospital público, que ainda não tenho seguro de saúde.
2º filho (L.): Hm. Positivo. A C. já tem 9 anos, isto vai ser fácil. Óleo para a barriga! Litros de óleo (para mim resultou perfeitamente o óleo natural da Eucerin! https://skin.pt/eucerin-oleo-natural-estrias-125ml). Talvez seja melhor controlar o peso. 26kg. Já foi melhor que da primeira vez. E arranjei um médico obstetra que me siga em obstetricia e ginecologia. Aaaaa e agora vou ter no Hospital da Luz porque já tenho seguro e quero um quarto só para mim!!!
3º filho (V.): É desta, desta vez é que vou fazer uma photoshoot da gravidez para mais tarde recordar (tirei uma fotografia numa sessão que estavam a fazer no Hospital da Luz, uau.) Quero o melhor médico, as melhores ecografias. Óleo da Eucerin. Peso = 24kg. Palmas para mim!! Gravidez de verão = roupas giras! Reminder para mim mesma: gravidez no Verão é espectacular, no Inverno é mais deprimente. Pós parto no Verão é óptimo para os bebés e deprimente para mim, pós parto no Inverno é pior para os bebés e melhor para eu esconder gorduras e afins.
Parto
1ª filha: Natural. Rebentaram as águas de madrugada, tomei banho calmamente e segui para São Francisco. Nem fazia ideia do que ia ou devia acontecer. Sem dores, com muito sono. Epidural (ou segundo consta, um só cheirinho). Fazer força uma, duas, já cá está! Levaram a C. para coser a episiotomia (exemplo claro de falta de informação), voltei a vê-la 5h depois. Fiquei numa maca num corredor. Sozinha.
2º filho: Cesariana. Teve de ser, ia sem medos nenhuns, estava informada, estava muito bem acompanhada, quem me ia fazer o parto era o meu obstetra, o Pai ia assistir. Nota: nunca olhar para o reflexo no candeeiro durante a cirurgia. Nasce o L., é limpo e vestido e a partir daí não saiu de perto de mim. Faltaram aqui muitas coisas, mas já foi melhor que o primeiro parto.
3º filho: toda uma odisseia durante a gravidez, culminando na cesariana no Hospital da Luz. Mesmo obstetra do L. Problemas vários aparte, mas enfoque no bebé sempre comigo - mesmo comigo incapacitada para amamentar, toda a equipa de enfermagem não descurou, por um minuto, a minha vontade de pele com pele e de amamentar. Estava mais informada que aos 20 ou que aos 30 anos.
Enxoval
1ª filha: a minha Mãe tratou de tudo. Não fazia nem ideia.
2º filho: já preparei eu tudo, muito fatinho bonito para a maternidade, carrinho de passeio novo em folha, quarto pensado até ao ínfimo pormenor, tudo espectacular. Os 30 são fantásticos, já temos poder de compra e vontade e sabedoria para escolher! Espera, cesariana não combina com calças de cós para sair da maternidade. Ainda bem que isto é ao lado do Colombo!
3º filho: vais ter direito a usar um primeiro fatinho novo, o resto vou buscar às roupas do teu irmão. Ah pois é, na maternidade está imenso calor, vais levar bodies e calças mesmo que avós e bisavós reclamem. E macacão para mim. Carrinho em segunda mão (pormenor de azar: roubaram-nos a carrinha à porta de casa, dentro da qual estava o espectacular carrinho comprado para o L) que já são muitos para alimentar. Irmãos ficam a partilhar o mesmo quarto!
Rituais de sono
1ª filha: quando quiseres, onde quiseres. Tu és o meu mundo e eu só te tenho a ti! Eu ainda estava na faculdade, passava muito tempo com a C., que estava em casa comigo, Pai e com Avó e Bisavó.
2º filho: rotinas criadas de noite, deitar cedo, fazer uma grande sesta todos os dias de tarde. E a família espera que acordes. Tínhamos uma pessoa a tempo inteiro, só entrou na escola aos dois e meio.
3º filho: dormiu meses comigo. Sesta? Não dá porque a adolescente precisa de socializar e o do meio tem de espairecer. Se ficar em casa entre bolas e guerras com a irmã não há sesta que resista, mais vale sair e conhecer o mundo. Creche aos 4 meses e meio. Não há possibilidade de ficar em casa (coincidência ou não, é o filho que mais problemas de saúde respiratória tem). Aqui o sentimento de culpa é avassalador, mesmo hoje com quase 22 meses.
Isto são só algumas pequenas diferenças... tudo bem descrito dava para três meses de posts!
De certa forma é bastante divertido ver as diferenças, embora seja assustador a diferença de informação que tenho hoje, com 35 anos que não tinha aos 20 anos nem mesmo aos 30....!
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