Não como pão, em casa não há pão, e não raras vezes sou bombardeada com a velha questão "o que é que comes de manhã se não comes pão?! Deves passar fome!"
Passo. Morro de fome. Chega a ser algo que deveria ser denunciado aos serviços sociais, não fosse eu maior e vacinada. É escandaloso o que como ao pequeno-almoço.
Sim. O meu estômago ruge de fome qual leão da savana.
É que comer uma tosta feita por mim, recheada de queijo gouda bio, cenoura ralada e cogumelos portobello salteados é muito pouco comparado com um pão e manteiga. O melhor é colocar um ovo estrelado em cima para complementar, a ver se não desfaleço.
Pensando bem, mais vale que a tosta seja feita com espinafres para ficar verdinha! E eu ficar estilo Popeye!!
Para quem queira passar fomeca como eu de manhã, podem ver a receita que estava neste post:
Voltando ao tema de hoje - o desfralde.
Em conversa com um grupo de amigas, todas com bebés de 21 meses, falou-se nesta maravilhosa (not) fase que é a fase de largar as fraldas ou, às várias tentativas de o fazer. Não nós, sim os bebés. Sim porque após uma gravidez, o sistema urinário nem sempre funciona como deve ser.
Esta fase costuma dar um certo pequeno trabalhinho e pode até causar alguma ansiedade nos pais.
Na realidade, tudo na maternidade causa um certo alvoroço, sobretudo se as expectativas estão muito altas, o que pode levar a que não respeitamos os ritmos dos nossos bebés.
Gosto de incentivar os meus filhos no seu desenvolvimento, mas aprendi, ao longo destas três experiências, que cada qual tem o seu ritmo e que devemos estar atentas aos sinais, mas ter a paciência de esperar que sejam os pequenos a mostrar-nos o caminho.
Concordo com uma frase que disseram à minha tia quando o meu primo era pequeno, e a minha tia desesperava por ter de passar a comida toda ao reguila. Preocupada com o desenvolvimento, questionou o pediatra que prontamente respondeu "não se preocupe que o rapaz não vai de varinha mágica para a tropa...!"
E é um facto.
A C. não fazia xixi de noite e de dia mostrava-se incomodada com a fralda, avisava que tinha xixi ou cocó (com a fluência de um primeiro ministro), e aos 2 anos e 2 meses tirei-lhe a fralda de dia durante uma semana, e na semana seguinte de noite. Nunca, e reforço o milagroso NUNCA fez um xixi no chão ou na cama em todos os seus 14 anos de vida. Fantástico não?
O L., sendo rapaz, demorou um nadinha mais. Tirou as fraldas de dia - porque também falava fluentemente - aos 2 anos e 4 meses, de dia. Sim, por alguma razão os machos gostam de marcar território, aconteceu esporadicamente mas nada de relevante. De noite, apenas tirou quase aos 2 anos e 9 meses. Ainda hoje tem descuidos noturnos (com 5 anos).
O V. faz amanhã 22 meses. Nem de perto nem de longe está preparado para tirar fraldas, nem sequer exprime se tem xixi ou cocó (embora este último seja bastante notável ao nível olfactivo)....!
Ontem tirou a sua própria fralda (se isto ganha moda é um problema) e decidiu andar, como veio ao mundo, pela sala fora. Lá está, mais uma vez, deve ter sentido a necessidade de marcar território no sofá. No sofá novo.
Lá fui eu, qual heroína de BD, salvar as almofadas do sofá de ficarem entranhadas com xixi, sob o olhar de gozo do pequeno caçula. Às vezes acho que aquele rapaz gosta mesmo é de dar festival a toda a gente!
Portanto, seguem aqui algumas dicas da experiência desta mãe de três:
1. Deixem que seja o bebé a mostrar-vos que está preparado. Se verbalizar que quer xixi ou cocó, se se mostrar incomodado com a fralda, então aproveitem devagarinho!
2. Se for certinho (o meu faz quase sempre cocó depois das refeições), experimentem criar uma rotina em volta da sanita, nem que envolva um conto de história.
3. Aproveitem as mil idas que têm à wc a acompanhar-vos (Mãe nunca está sozinha na wc), para lhes mostrar o que é o papel, para ajudarem a puxar o autoclismo...)
4. Bacio ou redutor, escolham o que for melhor. Os meus nunca usaram bacio, apenas redutor e um degrau para subirem, embora a maior parte das vezes fosse eu a colocá-los na wc.
5. Comemorem como se fosse fim de ano cada xixi no sítio!! Pulem, saltem, beijem, abracem! Mostrem que estão orgulhosos!
6. Se houver acidentes de percurso, mostrem que para a próxima será melhor. Ralhar, gritar e castigar podem inibir o à vontade e criar um pouco mais de ansiedade em algo que deve ser natural.
7. Ensinem tambem a parte da higiene - limpar, lavar as mãos... muitos adoram essa parte e esforçam-se para acertar só para poderem brincar com o sabão!
8. Tenham paciência, não queiram demais e tratem tudo com muito amor e naturalidade.
Parafraseando o pediatra, não vão de fraldas para a tropa..!
Cheguei foi à conclusão que não quero que o desfralde chegue. Esse momento marca o fim da fase de bebé e eu não estou preparada para ficar sem bebés!!
Tirar as fraldas? Só para o verão do ano que vem!
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