domingo, 16 de julho de 2017

Factos sobre a maternidade que ninguém comenta

Na sequência de um episódio hoje de manhã com o meu L., dei por mim a pensar que existem determinados episódios na vida de uma Mãe que carecem ser trazidos para a ribalta.

Sim, porque bebés fofos e amor e noites mal dormidas são temas falados a todos os minutos, mas existem outros igualmente pertinentes que são submetidos ao arquivo número 34 das verdades sobre a maternidade.

Mas não desesperem, no fim deixo-vos a receita de uma tarte de morango e lima para que possam afogar as mágoas e as preocupações!



Por esta altura já se esqueceram que o tópico vão ser os temas sombrios de uma Mãe, mas estou aqui para os enumerar, antes da tarte:

1. O sistema digestivo de um filho.

Nem sempre funciona. Nem o estômago nem os intestinos. Não acredito que haja mãe que não tenha tido de suportar o cheiro tóxico de um cocó (como é que seres tão pequenos e fofos cheiram tão mal?! Se a Coreia se lembra de usar os cocós dos bebés como arma nuclear não sei o que será do mundo ocidental).



Todas já passámos por um vómito no colo (sim, muitas de nós não tínhamos pachorra para aturar os amigos bebidos que vomitavam no início, meio e fim da noite, mas vá-se la perceber porquê, o dos nossos filhos não faz - quase - impressão nenhuma). Ah, e se for no colo é uma sorte, já ouvi casos de vómito na cara. Mães por todo o mundo, beware.



Voltando ao cocó - agora na primeira pessoa. A C. era dada a desarranjos intestinais, que levavam a prisão de ventre. Vai na volta, era preciso bebegel. Uma dada noite, após estimular o rabinho com o clister, vejo-me obrigada a desviar - qual ninja oriental digna de kill Bill - de um jacto de cocó que voou até se espalmar contra a parede do quarto. Há quem pinte o quarto de castanho, mas isto é um exagero. Também já tive de apanhar cocós na banheira após banho de emersão. Consta que a água quente ajuda os intestinos a funcionarem, ninguém avisa é que depois pode ser necessário uma pescaria.



2. Bichos parasitas.

E a bichos refiro-me concretamente a piolhos. Esses seres inúteis que decidem povoar a cabeça dos nossos filhos sem pré aviso. Têm patas, são nojentos, e constroem verdadeiras autoestradas no couro cabeludo alheio. Já dei por mim a ter de catar piolhos após um dia de trabalho, já dei por mim a desesperar e a pensar que rapaz ou rapariga, whatever, ide à máquina zero. Mas continuava a passar aquele pente fino depois do produto (cheira mal, mas melhor que cocó), horas após horas. Passei semanas obcecada em ver todas as cabeças, cocei-me em demasia, mesmo não tendo apanhado, experimentei todas as mezinhas para os afugentar. Tal como os mosquitos, não percebo a utilidade de piolhos no mundo.



3. Momentos desconcertantes 

Não é que não existam certas perguntas das crianças que nos deixem a nós, pais, encavacados... Mas quando ainda nem sabem falar direito, também existem momentos destes. Como, por exemplo, estar a tomar duche confortavelmente e de repente sentir que estou a ser observada. Podia ser sexy, podia, mas estava a ser observada pelo meu filho de 88cm. Que estava com um ar meio lunático. E que de repente aponta e sai-se com um audível "PIPI". E é nesta altura que me apercebo que com 88cm ou 1,80m, os homens são todos iguais. Sim, agora ando fugida do meu caçula porque existe uma tremenda obsessão com o pipi. A irmã sofre, naturalmente, do mesmo mal mas resolve melhor a situação. Como se fosse preciso a vizinhança saber, resolve com um grito "V. DEIXA O MEU PIPI EM PAZ". Os serviços sociais que não ouçam isto. 



O último será o episódio que deu origem a este post sombrio da maternidade. A frase "mãe anda cá por favor PRECISO DE TI" vinda da wc só pode significar ou asneira, ou xixi no chão, ou um cocó impossível de limpar ou algo diferente. Hoje, o V. tinha conseguido enfiar um carro dentro da sanita enquanto o irmão fazia xixi. E a quem coube a tarefa de ir buscar o carro ao xixi? Yep. Mas alguém vê alguma coisa disto em fotos fofas de bebés inocentes e amorosos? Nops.



Agora que está tudo a pensar ou no que já passou ou no que pode vir a passar, o melhor é fazer uma tarte e entreter a mente!



Tarte de morangos e lima:
Base 
1/2 chávena de amêndoa triturada
1 cs manteiga de amêndoa 
6 tâmaras sem caroço
1 cs mel
1 cs óleo de côco 
1 pitada de sal

Recheio 
1 chávena de cajus hidratados 
1/2 chávena de leite de amêndoa 
4 cs sumo de limão
1 cs baunilha
1 cs mel
8 tâmaras sem caroço
2 cs óleo côco
Chávena de morangos
Raspas de uma lima

Misturar todos os ingredientes da base e verter para uma forma (dá para uma de 20cm), pressionando bem para ficar uniforme. Levar ao congelados uns 45m.

Para o recheio, os cajus devem ser previamente hidratados durante umas horas e secos, misturados na liquidificadora com todos os outros elementos à excepção do óleo de côco, morangos e lima. Deixar passar tudo numa velocidade superior até ficar cremoso. 

Juntar então os morangos e o óleo de côco, passar novamente. Levar ao congelador umas 3 a 5 horas (quanto mais gelado melhor). Decorar com as raspas de lima e fruta a gosto!





Bom apetite!

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